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Por que a China não invade Taiwan? Provavelmente, só o presidente chinês, Xi Jinping, pode responder de forma definitiva. Aqui, a BBC News Brasil resume a resposta de analistas. Clique nos links destacados para se aprofundar nos temas.
Entre os principais motivos estão a possibilidade de retaliação dos Estados Unidos, as sanções que Pequim sofreria - em um momento em que sua economia perde fôlego - e a liderança mundial de Taiwan na fabricação de chips (e a dependência da China desses componentes).
No centro da tensão entre Pequim e Taipei está o objetivo do governo chinês de reincorporar Taiwan à China mesmo que à força.
A ilha, com 24 milhões de habitantes, se considera independente desde 1949, quando o então líder chinês Chiang Kai-Shek se refugiou em Taiwan após ser derrotado pelo exército comunista de Mao Tsé-Tung.
A China vê Taiwan como uma província rebelde que sofrerá graves consequências se declarar-se independente. Taiwan rebate que já é independente há décadas, com eleições e Constituição próprias.
Mas nenhuma grande potência reconhece hoje Taiwan como um país soberano.
Os Estados Unidos cortaram relações diplomáticas em 1979, quando reconheceram o governo comunista da China, mas vendem armas e têm uma lei que prevê ajuda militar de defesa à ilha.
Os americanos mantêm, no entanto, uma política de "ambiguidade estratégica" sobre como reagiriam de fato a um ataque chinês.
Há também razões econômicas para a China pensar duas vezes, apesar do seu poder militar bem superior, como sanções globais e o chamado "escudo de silício".
O termo se refere à liderança mundial da ilha na fabricação de chips (feitos com silício).
Sem eles e com as prováveis sanções, a economia chinesa - que deve ter o menor crescimento em 30 anos -seria muito abalada.
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